quarta-feira, 22 de abril de 2009

d'o refúgio



o capital não sabe da poesia

ele mata, segrega e financia
o mal
o capital se acha o tal

o capital joga sujo
bebe petróleo e cospe fumaça

inda sai cantando pneu
ô desgraça!

sandra camurça

coletivo periferia

sexta-feira, 10 de abril de 2009

A cristandade


Padre açucar,

Que estais no céu
Da monocultura,
Santificado
Seja o nosso lucro,
Venha a nós o vosso reino
De lúbricas mulatas
E lídimas patacas,
Seja feita
A vossa vontade,
Assim na casa grande
Como na senzala.

O ouro nosso
De cada dia
Nos dai hoje
E perdoai nossas dívidas
Assim como perdoamos
O escravo faltoso
Depois de puni-lo.
Não nos deixeis cair em tentação
De liberalismo,
Mais livrai-nos
De todo
Remorso, amém

josé paulo paes